segunda-feira, 20 de abril de 2009

Eu tenho um Melro...

Eu tenho um melro
que é um achado.
De dia dorme,
à noite come
e canta o fado.

E, lá no prédio,
ouvem cantar...
E já desconfiam
que escondo alguém
para não mostrar.

Eu tenho um melro,
lá no meu quarto.
Não anda à solta,
porque, se ele voa,
cai sobre os gatos.

Cortei-lhe as asas
para não voar.
E ele faz das penas
lindos poemas
para me embalar.

Melro, melrinho,
e se acaso alguém te agarrar,
diz que não andas sozinho
que és esperado no teu lar.

Melro, melrinho
e se, por acaso, alguém te prender,
não cantes mais o fadinho,
não me queiras ver sofrer.

E não voltes mais,
que estas janelas não as abro nunca mais.

Eu tenho um melro
que é um prodígio.
Não faz a barba,
não faz a cama,
descuida o ninho...

Mas canta o fado
como ninguém.
Até me gabo
que tenho um melro
que ninguém tem.

Eu tenho um melro...
(-Que é um homem!)
Não é um homem...
(-E quem há-de ser?!)
É das canoras aves
aquela que mais me quer.

(-Deve ser homem!)
Ah, pois que não!
(Então mulherÂ…)
Há de lá ser!?
É só um melro
com quem dá gosto adormecer.

Melro, melrinho e se acaso alguém te agarrar, diz que não andas sozinho que és esperado no teu lar.

E não voltes mais,
que a tua gaiola serve a outros animais.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

sempre os mesmos...

Ainda ontem estava ...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

No ano passado foi assim...

Houve Casa da Avó Gama...
aguentámos o frio...

e tivemos direito à presença do Dr. Batata...

Faltam praticamente 20 dias para vestirmos a pele de quem nos apetecer e extravasar tudo o que fomos acumulando durante o ano... Oh jardinêra purqui tás tão tristi, mais o qui foi qui ti aconteceu!... 

domingo, 21 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal

Mais do que pensar em comida ou presentes, nesta altura penso naquilo que todos nós, uns mais do que outros, precisamos acima de tudo...e estas imagens conseguem ilustrar bem o que me vai na alma por estes dias. Bom Natal!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A pálida luz da manhã de inverno

A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais 'sperança, nem menos 'sperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu 'sperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.
Fernando Pessoa, Poesias Inéditas

domingo, 9 de novembro de 2008

Esta senhora é uma Espantosa!

Apresentaram duas cantoras novas, uma não trouxe nada de novo, canta bem, mas nada de especial, a outra (que se ouve no video)tem um vozeirão e consegue, por si só, "encher" o palco!